O ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, pode começar a exibir anúncios em 2026, conforme revelado por referências encontradas no código da versão beta de seu aplicativo Android. A descoberta, feita pelo engenheiro Tibor Blaho, sugere que a empresa está explorando formas de monetizar sua base de usuários, mantendo o foco em resultados orgânicos.
Três tipos de anúncios foram identificados: anúncios em carrossel horizontal, conteúdo de bazar e sugestões patrocinadas. O formato de carrossel, que permite a exibição de produtos sem interromper a experiência do usuário, é o mais provável para a fase inicial. O conteúdo de bazar funcionaria como um marketplace integrado, enquanto as sugestões patrocinadas seriam inseridas nas respostas do ChatGPT, o que poderia afetar a neutralidade percebida.
A OpenAI projeta que a receita de anúncios alcance US$1 bilhão em 2026, com potencial de crescimento para US$25 bilhões até 2029. A CFO Sarah Friar destacou que essa estratégia ajudará a cobrir os altos custos operacionais da empresa. No entanto, a implementação de anúncios em plataformas de IA enfrenta desafios, como manter a confiança dos usuários, que valorizam respostas imparciais.
Diferente dos links patrocinados do Google, os anúncios em IA são integrados nas respostas, exigindo formatos mais sutis. Isso pode gerar desconfiança, pois a distinção entre conteúdo comercial e orgânico não é clara. Novas métricas serão necessárias para avaliar o impacto desses anúncios, já que cliques e impressões tradicionais podem não refletir a influência real.
A otimização para resultados orgânicos (GEO) é vista como uma estratégia sustentável. Conteúdos bem estruturados e marcas com autoridade temática continuam a gerar visibilidade sem custos recorrentes. Estudos mostram que técnicas de GEO podem melhorar a visibilidade em até 40%. A OpenAI acredita que a descoberta orgânica permanecerá um diferencial competitivo, mesmo com a introdução de anúncios.