Um memorando interno de Sam Altman, CEO da OpenAI, revelou preocupações sobre a posição da empresa em relação ao Google, que recentemente apresentou o Gemini 3, um modelo de inteligência artificial que superou o ChatGPT em testes críticos. O documento, divulgado em novembro, menciona um “clima pesado” que a OpenAI enfrentará nos próximos meses, marcando a primeira vez que a empresa admite estar em uma posição defensiva desde o lançamento do ChatGPT em 2022.
O Gemini 3, do Google, demonstrou superioridade em testes técnicos, como o ARC-AGI 2, onde obteve 38% de precisão contra 17,6% do GPT-5.1 da OpenAI. Além disso, o modelo do Google processa 120 tokens por segundo, superando os 87 tokens do GPT-5.1, e apresenta vantagens em tarefas multimodais, processando imagens, vídeos e áudio com maior precisão.
A OpenAI foca no ChatGPT e produtos derivados, enquanto o Google integra o Gemini 3 em seu ecossistema, como no Google Workspace, facilitando a adoção por usuários corporativos. O acesso do Google a dados de busca em tempo real oferece uma vantagem adicional, reduzindo alucinações e aumentando a confiabilidade das respostas.
Para empresas brasileiras, a competição entre OpenAI e Google traz oportunidades e desafios. A diversificação de fornecedores de IA se torna crucial para mitigar riscos. Empresas que usam o ChatGPT devem considerar a integração do Gemini, especialmente aquelas já investidas no Google Workspace, que oferece custos de implementação reduzidos.
O memorando de Altman sugere que a OpenAI precisa adaptar suas estratégias, possivelmente intensificando parcerias para criar um ecossistema integrado. No entanto, o Google já demonstrou uma capacidade de execução que pode ser difícil de igualar, criando barreiras competitivas significativas. A consolidação do mercado parece inevitável, com empresas menores precisando se alinhar a grandes players ou encontrar nichos específicos.
Fonte: https://www.conversion.com.br/blog/sam-altman-openai-defensiva-gemini-3-google/